domingo, 7 de dezembro de 2008

O Conhecimento

Introdução:

Conhecimento, hoje existem vários conceitos para esta palavra e é sabido por todos que conhecimento é aquilo que se conhece de algo ou alguém, mas esta definição é muito genérica e aplica-se a todo e qualquer conhecimento.
Para que se possa definir com melhor base o conhecimento seria correto afirmar que conhecimento é a necessidade de se adquirir um saber a respeito de algo através da razão, reflexão e ciência, com a finalidade de entendimento aprofundado deste algo.


Conhecimento da Natureza:

O termo conhecimento da natureza se refere a possibilidade de estudo dos fenômenos naturais que compõe o universo. Consiste em estudar as leis e os componentes da natureza através do entendimento de aspectos físicos fazendo uso de métodos científicos ou empíricos com a finalidade de se chegar a dados precisos em relação ao que chamamos natural.
Nos dias de hoje as ciências que estudam a natureza são a biologia, astronomia, botânica, zoologia, física geologia e química. Pode-se se dizer quer estas são as principais ciências que estudam a natureza derivando destas muitas outras que fazem aplicação destes conhecimentos para compreensão da natureza,como exemplo a medicina.
O objetivo principal das ciências naturais e entender os fenômenos naturais para poder controla-los com o uso da razão.


Conhecimento da Humanidade:

O termo conhecimento da humanidade nos remete ao interesse em conhecermos o ser humano, não só como ser biológico mas como indivíduo e ser social inserido em todos os contextos que compõe a vida humana.
É a possibilidade de investigar a vida humana e suas atividades.
As ciências humanas, através de uma verificação racional, sistemática e imparcial aplicam o conhecimento para estudar a humanidade visando compreensão de todos os nuances que compõe a vida humana.
Dentre as ciências que estudam a “humanidade”, podemos citar como as mais importantes: a sociologia, psicologia, antropologia, historia, ciência política pedagogia, filosofia e direito. Estas ciências, cada qual em seu campo de estudo, tentam explicar o ser humano com intúito de gerar o aprimoramento dos indivíduos em todos os aspectos de vivências dos mesmos.


Conhecimento Filosófico:

O conhecimento filosófico tem por origem a capacidade de reflexão do homem usando somente o raciocínio. Como a Ciência não é suficiente para explicar o sentido geral do universo, o homem tenta essa explicação através da Filosofia. Filosofando, ele ultrapassa os limites da Ciência delimitados pela necessidade da comprovação concreta para compreender ou interpretar a realidade em sua totalidade.
Mediante a Filosofia estabelecemos uma concepção geral do mundo.
tendo o homem como tema permanente de suas considerações, o filosofar pressupõe a existência de um dado determinado sobre o qual refletir, por isso apóia-se nas ciências. Mas sua aspiração ultrapassa o dado científico, já que a essência do conhecimento filosófico é a busca do “saber” e não sua posse. Tratando de compreender a realidade dos problemas mais gerais do homem e sua presença no universo, a Filosofia interroga o próprio saber e transforma-o em problema. É, sobretudo, especulativa, no sentido de que suas conclusões carecem de prova material da realidade. Mas, embora a concepção filosófica não ofereça soluções definitivas para numerosas questões formuladas pela mente, ela se traduz em ideologia. E como tal influi diretamente na vida concreta do ser humano, orientando sua atividade prática e intelectual.


Conhecimento Científico:

O conhecimento científico é fáctico. Parte dos fatos, respeita-os até certo ponto e sempre retorna a eles. A ciência procura descobrir os fatos tais como são, independentemente do seu valor emocional ou comercial. Em todos os campos, a ciência começa por estabelecer os fatos.
Não há ciência sem análise, mesmo quando a análise é apenas um meio para a reconstrução final do todo.
O conhecimento científico racionaliza a experiência, em vez de se limitar a descrevê-la; a ciência dá conta dos fatos, não os inventariando, mas explicando-os por meio de hipóteses (em particular, enunciados e leis) e sistemas de hipóteses (teorias).
O Principal aspecto a ser levado em conta em relação ao conhecimento científico é que qualquer resposta científica encontrada tem de necessariamente poder ser repetida sob as mesmas condições.






Ciências Jurídicas:

As ciências jurídicas estão diretamente relacionadas às ciências humanas pois seu principal objetivo é o estudo da conduta humana em sua dimensão social e individual.
O Direito estuda as normas que irão reger esta conduta humana, levando em conta sua aplicabilidade, seu valor e sua eficácia no ser humano. Sendo assim a área do conhecimento a qual estão relacionadas as ciências jurídicas só pode ser a do conhecimento da humanidade, pois na há qualquer relação aos objetos de estudo das ciências naturais.


Conclusão:

Ao realizar este trabalho o conhecimento por mim utilizado foi, tanto o conhecimento cientifico quanto o filosófico.
Fiz uso do conhecimento cientifico ao utilizar método de pesquisa, metodologia de elaboração e construção de texto e uso de raciocínio cientifico para responder as questões. Já o conhecimento filosófico foi usado na forma de reflexão dos dados por mim coletados para que fosse possível construir um pensamento e apresenta-lo de forma clara e concisa.

Um Pouco de Kant

KANT, O Céu Estrelado Sobre Mim e a Lei Moral Dentro de Mim



Vida:

Immanuel Kant nasceu, viveu e morreu em Könegsberg, uma cidade da Prússia oriental. Nasceu em 1724; era filho de um seleiro e de uma dona de casa, ambos de religião Protestante Pietista. Passou a maior parte de sua vida lecionando, primeiramente como professor particular da elite de Könegsberg e após como Professor Doutor na Universidade de Könegsberg.
A vida de Kant, segundo afirmam, foi como um relógio devido ao fato de Kant ser sujeito extremamente metódico e disciplinado. Dedicou toda sua vida ao estudo e ao meio acadêmico, criando obras filosóficas que perduram como contribuição para evolução do pensamento nas mais diferentes áreas do saber.
Kant transitou por várias áreas do conhecimento. Aos 16 anos se interessou pela Teologia, dedicando-se aos estudos e proferindo sermões em sua paróquia. Já aos 21 anos inicia seus estudos de matemática e física interessando principalmente pelas obras de Isaac Newton, e foi nesse período que iniciou sua primeira obra intitulada “Idéias sobre a Maneira Verdadeira de Calcular as Forças Vivas".
Em 1755, agora com 31 anos, Kant após um período em que se desligou dos estudos universitários por motivos financeiros, inicia novamente estes estudos e adquire o título de Doutor com a obra “Sobre o Fogo. Com a conclusão desta obra Kant inicia seu período de estudos filosóficos, argumentando sobre a maneira aristotélica com que os corpos agem uns sobre os outros através de uma matéria sutil que seria de substância básica composta de calor e luz.
Com o título de Doutor Kant é convidado a lecionar em sua cidade sobre matemática, lógica, metafísica e filosofia moral, com isso Kant começa a produzir muitas obras e seu prestigio como filósofo original cresce vertiginosamente.
Manteve-se na posição de professor por mais 27 anos (1797), ano em que se desliga da carreira e continua apenas como escritor até 1804, quando vem a falecer. Suas últimas palavras segundo historiadores foram “Isso é bom”.


Obra:

Kant foi um filósofo que se preocupou tanto com questões naturais quanto sociais. Ele afirmava que nossos conhecimentos advinham dos sentidos, mas acreditava também que nossa razão continha pressupostos importantes e que moldavam o modo como percebemos o mundo através dos sentidos. Afirmava que existia uma verdade parcial na percepção dos sentidos e que essa verdade era completada quando fazíamos uso da razão para entendermos de forma mais plena o que era por nós assimilado.
O filósofo Kant também desenvolveu estudos sobre a moral criando quatro obras de grande peso filosófico, são elas: Fundamentação da metafísica dos costumes, Crítica da razão prática, Crítica da Razão Pura e Metafísica dos costumes. Nestas obras Kant afirmava que através da critica é que podemos chegar a um conhecimento legítimo das coisas e de nós mesmos, pois ao contrario de Hume que acreditava em constatações apenas empíricas, Kant tomava como princípio os conhecimentos a priori, dizendo que, por exemplo, para constatar que um boi é maior que um carneiro basta olhar ( ai esta o conhecimento a priori), mas que para realmente termos certeza que os sentidos não nos estão engandando, deve-se medir ambos carneiro e boi para assim com o uso da razão fazer a verdadeira constatação do fato.
Em seus estudos sobre a moral e a possibilidade de entendimento das coisas através da constatação de fatos pelos sentidos e razão Kant chega ao chamado “Imperativo Categórico” que é: “Age de tal modo que a maxima de tua ação possa se tornar princípio de uma legislação universal”.
Em seus estudos sobre a moral pode-se relacionar sua preocupação com a área jurídica, tendo em vista o desenvolvimento de teorias de pensamento passiveis de se analisar aspectos relevantes a questões de difícil entendimento na área do Direito.
É válido ressaltar, também um grande acontecimento histórico que influenciou o pensamento de Kant, sendo este a Revolução Francesa que fez com que Kant se manifestasse favorável ao Iluminismo, inclusive escrevendo alguns artigos em defesa das idéias iluministas.


Conclusão:

As idéias de Kant são de enorme contribuição para os dias atuais pois este filósofo nos ensina a possibilidade de uma profunda analise crítica em relação ao mundo, seus costumes e regras vigentes.
As Obras de Kant contribuem de maneira a direcionar o ser humano para uma moral mais universal onde as ações devem se basear na constante observação para o aprimoramento das relações e conceitos e o aumento da capacidade de pensar com finalidade de adquirir um conhecimento aprimorado em relação a si e ao mundo.
Por fim Kant pôde contribuir para uma melhora nas relações entre Estado e cidadão e cidadão e Estado fazendo com que ambos focassem aspectos relevantes a moral e a ética para a prática de uma crítica construtiva das relações que visassem o crescimento de ambos.